segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bolívia...

Bolívia registra terremoto de 5,3 graus

LA PAZ — Um terremoto de 5,3 graus na escala Richter foi registrado nesta segunda-feira à tarde na zona rural do departamento de Cochabamba, no centro da Bolívia, informou o Observatório de San Calixto, que ainda não reportou se já foram registrados feridos ou danos materiais.
O tremor foi registrado às 13h40 locais (14h40 de Brasília) na região de Chapare, uma zona cocaleira e agrícola da Bolívia, a mais de 400 km a leste de La Paz, informou o San Calixto.
O observatório privado informou que nas próximas horas divulgará um relatório sobre possíveis vítimas e danos materiais.

Naval: Bolívia deixa cair alcunha em nome da selecção

Causou alguma estranheza, na apresentação da Naval para a nova época, a presença de um nome novo na lista de jogadores do plantel: Edivaldo. Os mais incautos pensaram que se trataria de algum júnior mas o equívoco desfez-se em seguida, tratava-se de Bolívia. O avançado brasileiro, cujo nome é Edivaldo Rojas Hermoza decidiu deixar cair a alcunha em nome do sonho de representar a selecção do nosso conhecido Erwin Sanchez.
«Em princípio devo conseguir a nacionalidade boliviana até ao final do ano e, caso venha a representar a selecção não faz muito sentido dizer Bolívia convoca Bolívia [sorrisos], por isso agora quero ser conhecido por Edivaldo, quando muito Edivaldo Bolívia numa fase inicial até ficar só Edivaldo», explica ao Maisfutebol o avançado figueirense.

A ligação de Edivaldo à Bolívia vem da mãe, natural daquele país, mas também do facto de lá ter vivido, com os pais, dos dois aos 14 anos, mantendo-se posteriormente no Brasil - daí a alcunha - , mas na fronteira, o que o tornou bilingue e até um pouco dividido na altura de escolher uma das duas culturas: «Passei mais tempo no Brasil, mas a minha infância foi toda na Bolívia. Sou profissional e esta é uma grande oportunidade para mim que não devo desperdiçar.»

Apesar da saída de Sanchez da selecção boliviana, com quem Edivaldo tinha mais contacto - chegaram a pedir-lhe para treinar com a equipa quando tinha 17 anos -, o jogador da Naval tem esperança de ser chamado e até enviou um dvd com os seus melhores momentos para a federação, esperando por uma resposta positiva.

A propósito, Edivaldo é mesmo com i ao contrário daquilo que figura no seu passaporte (Edvaldo), devido a um erro tipográfico, que pretende corrigir um dia... quando tiver tempo para fazer uma longa viagem. «Preciso de ir até Mato Grosso, de onde sou natural, no norte do Brasil, mas, agora, resido no Paraná, no sul do país», justifica.

Soube do adeus do Brasil no autocarro

São as vicissitudes de um profissional de futebol. Enquanto o Brasil jogava lá na África do Sul os quartos-de-final do Mundial diante da Holanda, a equipa da Naval, onde os brasileiros abundam (são oito), estava em trânsito desde a Figueira para Cantanhede para mais um treino.

Sem grandes alternativas, a solução foi ir acompanhando o relato pelo rádio do telemóvel de Daniel Cruz, mas a ansiedade foi mais do que muita. «Só tínhamos acesso à descrição dos lances, mas é muito diferente de estarmos a ver. Os golos, o Filipe Melo expulso... que sofrimento», afirmou, visivelmente desiludido.

Bolívia proíbe monopólios, mas desiste de regular preços

La Paz, 5 jul (EFE).- O Governo boliviano emitiu uma resolução que proíbe os monopólios e os contratos de monopólio, mas desistiu de regular os preços de 20 produtos de largo consumo, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial.
Uma resolução assinada pela Autoridade de Fiscalização e Controle Social de Empresas (AEMP) aponta que "nenhuma empresa que opere na Bolívia poderá impor condições ou obrigar outros agentes econômicos a comercializar de forma exclusiva seus produtos ou marcas".
O texto também diz que "todos os contratos de comercialização que contenham condições de monopólio subordinadas a qualquer condição que não a própria eficiência econômica ficam proibidos" por serem contrários à Constituição vigente no país desde 2009.
A norma não inclui nenhum artigo em referência aos preços de produtos de largo consumo, embora o diretor da AEMP, Óscar Cámara, tenha anunciado na semana passada que os empresários seriam obrigados a divulgar a estrutura de seus custos de produção para evitar "altas unilaterais de preços".
No entanto, uma fonte da entidade reguladora de empresas disse à Agência Efe que a regulação dos preços não está entre as atribuições da instituição, mas deve vigiar a concorrência e frear os monopólios e a "acumulação privada de poder econômico em graus que ponham em risco a soberania nacional".
Nos últimos anos, o Governo boliviano regulou em determinadas ocasiões os preços ou a exportação de produtos como óleos, frango, milho e arroz, entre outros.
Os empresários bolivianos criticaram a intenção da AEMP de regular os preços de produtos como refrigerantes, cerveja e cimento, entre outros, porque, segundo eles, isso se constituiria em um atentado contra o livre comércio.
A resolução também estabelece que os agentes econômicos afetados por "atos ou contratos" que limitem seu direito a exercer o comércio "de forma livre e irrestrita" poderão apresentar denúncias à AEMP.

Bolívia se diz perto de acordo com EUA para superar crise

La Paz, 5 jul (EFE).- O Governo Evo Morales anunciou nesta segunda-feira que a redação do acordo que a Bolívia negocia com os Estados Unidos, para superar a crise diplomática iniciada em 2008, está "quase terminada" para ser assinada.
Segundo o chanceler boliviano, David Choquehuanca, espera-se um contato dos EUA sobre o avanço conseguido no acordo.
"Já temos, não digo terminado, mas quase terminado o novo acordo marco. Temos ele quase pronto, está em consulta (nos EUA) e já entrarão em contato", disse Choquehuanca.
O diálogo entre a Chancelaria e a embaixada americana sobre o convênio teve obstáculos pela recente ameaça de Morales de expulsar a agência dos EUA para o desenvolvimento internacional (Usaid), ao considerá-la responsável por uma manifestação de indígenas contra o Governo.
Os indígenas declararam no domingo uma pausa na marcha, que começou em 21 de junho no departamento (estado) amazônico de Beni e segue em direção a La Paz. As queixas são pela transferência de recursos econômicos e terras.
O acordo aponta para pôr fim à crise diplomática iniciada em setembro de 2008, quando Morales expulsou o embaixador Philip Goldberg, e dois meses depois fez o mesmo com a agência americana antidroga (DEA).
Os EUA responderam com a expulsão do embaixador Gustavo Guzmán e a suspensão para a Bolívia dos benefícios da lei de preferências tarifárias andinas e erradicação de drogas (ATPDEA).

Ex-governador defende ocupação da fronteira MT-Bolívia

Candidato a deputado federal, o ex-governador Julio Campos (dem) defendeu que o Exército ocupe a fronteira do município de Cáceres com a Bolívia, numa estratégia de combate às drogas e armas vindas do país vizinho.

"Não vamos combater o tráfico de drogas e o contrabando de armas apenas com a presença de policiais militares e um pequeno grupo do Gefron [Grupo Especial de Fronteira]. São 700 quilômetros de fronteira seca, que deve ser ocupada com a implantação de uma força tarefa permanente, o que pretende defender se chegar ao Congresso Nacional", afirmou Julio Campos em entrevista ao Midianews.

O pensamento do democrata coincide com o discurso do presidenciável José Serra (PSDB). Em visita a Cuiabá, no final de maio, para participar de um ato político partidário, o tucano defendeu a ocupação da fronteira do território mato-grossense afirmando que serve de porta de entrada para a cocaína no país.

Na ocasião, o tucano argumentou ainda que "o Governo boliviano é conivente com a exportação de drogas para o Brasil", o que "acaba com a vida de nossos jovens".

"Vou, pessoalmente, lutar com José Serra para que seja concretizada essa política de Segurança Pública, que é imprescindível a Mato Grosso e ao país", completou Julinho, como o ex-governador é conhecido no meio político.

Estimativa de votos

Confiante em conquistar uma das oito vagas de deputado federal por Mato Grosso, Julio Campos acredita que pode conquistar significativa parcela do seu domicílio eleitoral, que é Várzea Grande.

Após liderar pesquisas de intenção de voto na eleição municipal de 2008, o democrata saiu derrotado no embate com o prefeito Murilo Domingos (PR), que disputou a reeleição. A diferença atingiu 26.831 votos.

"O que vai me favorecer em Várzea Grande é o espírito bairrista do povo de ter um representante na Câmara dos Deputados. Não se explica o segundo maior município do Estado com mais de 300 mil habitantes e 175 mil eleitores não ter um deputado federal. Espero repetir a votação que tive na última campanha para prefeito, que é uma média de 40 a 50 mil candidatos. A minha grande votação acredito que será na baixada cuiabana. Aqui é minha terra, meu linguajar. Candidatos naturais desta região, só eu e a Thelma de Oliveira", afirmou.

Julio Campos é ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal constituinte e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Por conta desta experiência política, é um dos nomes do DEM considerados de peso eleitoral para representar a legenda no Congresso Nacional.

Outros nomes dos democratas que estão na disputa pela Câmara Federal são Leôncio Pinheiro, irmão do senador Jonas Pinheiro e ex-presidente da Empaer (Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), e o pastor Valdemiro, de Rondonópolis, que representa a Igreja Mundial do Poder de Deus.

Bolívia: Parlamentares analisarão a última das leis previstas na Constituição

LA PAZ, 12 JUL (ANSA) - A Lei Marco de Autonomias e Descentralização foi aprovada pela Comissão Mista da Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia e irá agora ser discutida em plenário na próxima terça-feira, informou hoje a imprensa local.
Com a aprovação, o governo boliviano dá andamento ao seu projeto de reformas que visa instaurar o Estado Plurinacional. As outras quatro lei orgânicas, previstas na Constituição aprovada em 2009, já passaram pelos parlamentares e já foram promulgadas pelo presidente Evo Morales.
De acordo com a Agência Boliviana de Informação (ABI), a lei foi aprovada na madrugada de hoje sem o apoio da oposição, que exigia algumas mudanças em determinados artigos do projeto.
Segundo o ministro de Autonomias, Carlos Romero, os representantes opositores ao governo decidiram abandonar a sessão no momento em que eram analisados os artigos finais dos 147 que constituem a norma.
"O artigo 141 se refere à proibição de formar federações de governos departamentais com fins políticos e com estrutura colegiada que não tem nada a ver com o estabelecimento de alianças estratégicas entre autonomias", esclareceu o ministro, citado pela ABI.
Por sua vez, os opositores argumentaram -- ao deixar as discussões -- que também são contra os artigos 140 e 142, "que rompem com o diálogo".
"O artigo 140, por exemplo, estabelece um Estado de Exceção; isso quer dizer que as autonomias poderão ser submetidas a um estado de sítio a livre interpretação do Órgão Executivo", apontou a senadora Centa Reck, do Plano Progresso para a Bolívia-Convergência Nacional (PPB-CN), segundo noticiou o jornal La Razón.
Há alguns dias, Morales ameaçou fazer uma greve de fome, caso a medida não fosse aprovada pelo Congresso antes da data limite, em 22 de julho.
Junto à Lei de Autonomias e Descentralização estão as que referem-se ao Órgão Judicial, ao Tribunal Constitucional Plurinacional, ao Órgão Eleitoral e ao Regime Eleitoral. A sessão desta terça-feira está prevista para ser iniciada às 15h locais (16h no horário de Brasília).

Projeto Rondon tem avaliação positiva e vai para a Bolívia

O Projeto Rondon está sendo uma experiência única para um grupo integrado por dez acadêmicos brasileiros e bolivianos, além de professores, que estão atuando na região de Corumbá. A ação foi lançada na segunda-feira da semana passada e, uma semana após, eles vivem a expectativa de concluir os trabalhos do lado brasileiro e iniciar as atividades em Puerto Quijarro, na Bolívia, como parte do projeto piloto que vai definir a ampliação da área de atuação em atendimento não só a cidades brasileiras, mas também a regiões localizadas em outros países que fazem divisa com o Brasil.




Ação voltada à integração social, envolvendo a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes, o Projeto Rondon, após sua reedição, está sendo inédito na região pantaneira. O lançamento foi no dia 5 à noite, no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá, com as presenças dos prefeitos Ruiter Cunha de Oliveira e José Antônio Assad e Faria, de Ladário, onde outro grupo de rondonistas estão atuando.

No município de Corumbá, os trabalhos estão voltados às questões de saúde, educação e meio ambiente. Na semana passada o grupo, com apoio de técnicos da Prefeitura, visitaram localidades rurais, como os assentamentos Urucum e São Gabriel, e o Distrito de Albuquerque. Na sexta iniciaram as ações na área urbana, visitando a comunidade do bairro Dom Bosco.

Estanislau Monteiro Oliveira, professor e conselheiro nacional do Projeto Rondon, avaliou como positiva a primeira semana em Corumbá. "Está sendo uma verdadeira aula prática da realidade brasileira, importante para o aperfeiçoamento daquilo que eles aprendem nas universidades", explicou, se referindo aos trabalhos dos alunos. Na opinião dele, está havendo uma interação total com as comunidades visitadas.

"As famílias sentem enorme alegria ao receber as visitas dos rondonistas. Este intercâmbio é importante", disse, lembrando também o apoio recebido de técnicos da Prefeitura para dar continuidade às ações. "O Projeto Rondon não fica aqui, mas a equipe da Prefeitura permanecerá e dará continuidade a estas ações", comentou, elogiando a atenção recebida de técnicos do Município que, desde o primeiro dia, estão participando das atividades, numa verdadeira interação com os acadêmicos e professores.

Estanislau acompanhou o grupo de universitários na visita técnica feita ao Hospital de Corumbá no sábado pela manhã. Foram recebidos pelo presidente da Junta Administrativa do Hospital, Lamartine de Figueiredo Costa. Eles conheceram a unidade e realizaram um trabalho na pediatria, junto com as crianças. Para o acadêmico de medicina veterinária, Lucas Azuaga, o projeto tem sido importante, "que toca a gente", observou, enquanto participava da visita.

Artista do grupo (presenteou o professor Estanislau com artesanato produzido por ele próprio), Lucas disse que ficou surpreso ao visitar as comunidades de Urucum e São Gabriel. "Como pode uma região tão rica em água, com este belo Pantanal, ainda ter problema com falta de água? Não imaginava que aqui teria este tipo de problema, que a água é salobra. É uma situação que toca a gente", comentou. Ele espera que o Projeto Rondon contribua para minimizar o quadro e que, apesar desse problema, está considerado a experiência como muito boa. "Todos os dias estamos aprendendo coisas novas. Estamos vivendo em comunidade e isto é muito bom", destacou.

Quijarro

O grupo fica em território brasileiro até o dia 15 pela manhã. À tarde, os rondonistas vão para Puerto Quijarro, do outro lado da fronteira, em território boliviano, para cumprir a segunda etapa do projeto piloto. Serão mais dez dias de trabalho antes da reunião em Santa Cruz, para avaliar o resultado destas duas etapas e decidir se o projeto será estendido, com ações não só na Bolívia, mas também no Paraguai e Perú.

Quem espera que isto aconteça é a acadêmica de medicina Ruth Roria Saracho, da Universidad Autónoma Gabriel René Moreno, de Santa Cruz de La Sierra. "Está sendo a maior experiência da minha vida, a minha primeira experiência como futura médica", destacou enquanto visitava o Hospital de Corumbá. Segundo Ruth, o Projeto Rondon está permitindo um intercâmbio com acadêmicos brasileiros, conhecer novas culturas e que tudo isto, aliado ao trabalho nas comunidades, possibilita "um contato maravilhoso". Ela vive a expectativa do projeto ser ampliado e atingir outras regiões da Bolívia.

O Projeto Rondon foi reeditado em 2005 pelo Governo Federal e envolve as mais diferentes áreas, com apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança necessária às operações, da Associação Nacional dos Rondonistas, da União Nacional dos Estudantes, de Organizações Não-Governamentais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e de Organizações da Sociedade Civil. Na região, a iniciativa tem apoio das Prefeituras de Corumbá e Ladário, bem como da Marinha do Brasil, por meio do 6º Distrito Naval. Esta edição é uma operação especial de intercâmbio entre o Brasil e a Bolívia, idealizada pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério de Relações Exteriores.

Bolívia quer que água seja declarada direito humano

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou hoje que seu Governo apresentou perante as Nações Unidas um projeto de resolução para que o acesso à água seja um direito humano.
Em entrevista coletiva no Palácio de Governo, Morales ressaltou que o direito à vida, incluído na carta de Direitos Humanos da ONU, "é impossível" sem a água.
"Meu pedido, desde a Bolívia, aos presidentes e aos Governos dos cinco continentes que são parte das Nações Unidas, é que aprovem a água como direito humano", sentenciou.
O líder lembrou que a Constituição de seu país, promulgada no ano passado, já considera o acesso à água um direito da população boliviana, e agora espera que se faça o mesmo no organismo internacional.
Segundo Morales, isso ajudaria a cumprir com os Objetivos do Milênio para o ano 2015, entre os quais se encontra a dotação de água potável e saneamento em todo o mundo.
"Seria totalmente contraditório para as Nações Unidas dizer que aprova como objetivo dotar o mundo de água potável e saneamento, e não declarar a água um direito humano", opinou.
Morales fez uma chamada aos movimentos sociais para que pressionem os Governos "que não querem debater".
"Se a água continuar sendo um negócio privado, é uma forma de prejudicar os direitos humanos e por isso deve haver uma resolução para declarar a água um direito humano no mundo todo. (...) Em alguns países, infelizmente, ela está como um direito e negócio privado, quando deveria ser de serviço público", assegurou.
Morales explicou que por causa da mudança climática, a falta de água afeta cada vez mais o mundo.
"Sem água não podemos viver, estamos trabalhando para que a água seja declarada um direito humano", concluiu.

Bolívia já se prepara para conseguir vaga na Copa do Mundo de 2014

A Bolívia buscará a classificação para a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil, com uma equipe juvenil que será preparada desde agora pelo técnico espanhol Xavier Azkargorta, anunciou hoje o governo local. As informações são da agência Ansa.
O treinador apresentará amanhã seu projeto ao presidente boliviano, Evo Morales, que é um grande apreciador do esporte e já declarou o seu desejo de apoiá-lo com o suporte econômico, em conjunto com autoridades e dirigentes desportivos.
Azkargorta já comandou a seleção Bolívia em 1994, último ano em que o país participou de uma Copa do Mundo.
Segundo o vice-ministro dos Esportes, Miguel Rimba, o projeto consistirá em selecionar jogadores de 15 anos de todo o país e concentrá-los em um centro de alto rendimento em La Paz, sob a supervisão de Azkargorta.
Morales, por sua vez, confirmou que o treinador apresentou "algumas iniciativas" nesse sentido durante uma reunião realizada em Madri há mais de um mês, na qual concordaram em analisar o projeto em La Paz.
O presidente expressou ainda o seu "grande desejo de classificar a Bolívia para o próximo mundial". "Não é minha tarefa principal, mas podemos ajudar. Quando se trabalha de maneira conjunta, sempre é possível conseguir melhores resultados", reiterou.
Para o presidente, nessa competição atuam "países conquistadores, imperialistas, ao lado dos países colonizados. Mas quando começa o futebol, isso termina e no campo são 11 contra 11, com os mesmos direitos de disputar os três pontos".
Azkargorta, de 57 anos, além de já ter dirigido a equipe boliviana, passou também pela seleção do Chile e pelos times Yokohama, do Japão, e Chivas, do México.

Equador...

EQUADOR DECIDE ACEITAR VERSÃO DA COLÔMBIA SOBRE ESCUTAS

QUITO, 3 JUL (ANSA) - O presidente do Equador, Rafael Correa, reiterou hoje que aceita a versão oficial do governo colombiano, que afirmou que o equatoriano não foi alvo de espionagem por parte do Departamento Administrativo de Segurança (DAS, serviço secreto da Colômbia).

As autoridades locais continuarão a investigação, mas os equatorianos já "aceitamos a postura oficial do governo colombiano e o restabelecimento das relações continua em andamento", disse Correa à emissora Brisas TV.

Há cerca de uma semana, o jornal El Universo, de Guayaquil, publicou a versão de um agente colombiano que afirmou que o DAS interceptou os telefones de Correa e de pessoas próximas a ele, após o bombardeio ilegal realizado por Bogotá contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território equatoriano, em 2008.

A incursão militar, que deixou 26 mortos, ocasionou a ruptura dos laços diplomáticos entre as duas nações. A retomada das negociações bilaterais foi iniciada em novembro de 2009, quando foram designados os encarregados de negócios dos respectivos países.

Para Correa, a denúncia poderia ainda ter sido feita uma pessoa "ressentida" com a inteligência colombiana e que poderia dizer "qualquer barbaridade", como havia argumentado Álvaro Uribe, mandatário da nação vizinha, ao falar sobre o tema.

"Com esse já são vários os episódios nos quais pessoas mal intencionadas, provavelmente próximas ao DAS, querem, com informações que não correspondem à realidade, afetar o bom nome do governo e, neste caso, afetar as relações internacionais", disse Uribe na ocasião.

Na semana passada, o governo de Correa também pediu formalmente explicações. "Enviamos uma nota ao governo colombiano pedindo informação com relação às denúncias que desde o ano passado tínhamos e a informação que saiu em um meio de comunicação", confirmou o chanceler Ricardo Patiño na última quarta-feira.(ANSA)

ENCONTRO DA ALBA REÚNE VARIAS CULTURAS NO EQUADOR

QUITO, 24 JUN (ANSA) - A cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) com autoridades indígenas e afrodescendentes começou hoje no Equador com a presença de cerca de 300 funcionários dos oito países do bloco.

O encontro de dois dias ocorre na cidade indígena de Otavalo, a 65 quilômetros de Quito, onde se encontrarão na sexta-feira os presidentes de Bolívia, Venezuela e Equador para firmar uma declaração final junto aos delegados de Antígua e Barbuda, Cuba, República Dominicana, Nicarágua e São Vicente e Granadinas.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, ressaltou a necessidade desse tipo de reunião como uma resposta "altiva e soberana" contra o neoliberalismo. "Caminhamos pela estrada da revolução, sem meias tintas, pela estrada da revolução latino-americana para nunca mais sermos colônias", declarou Patiño na inauguração do encontro.

Para a secretária de Povos, Movimentos Sociais e Participação Cidadã do Equador, Alexandra Ocles, a cúpula servirá para que os membros da Alba reconheçam a diversidade de seus países e assim "mudem a cara da cultura e da política".

"Estamos mudando a cara da política, que já tem rostos afrodescendentes, indígenas, e isso marca sem dúvida a mudança nas formas de fazer política", manifestou Ocles, a primeira ministra negra do Equador.

A diversidade cultural e o princípio da autonomia dos povos originários já são reconhecidos nas constituições do Equador e da Bolívia. O prefeito anfitrião Mario Conejo reconheceu que o Estado plurinacional no Equador é um sonho que precisa ser melhor compreendido. "Sonhamos com um Estado plurinacional, mas estamos um pouco confusos porque não conseguimos entender como isso pode ser feito", o indígena quíchua.

Após a saída de Honduras por decisão do regime ditatorial que deu o golpe de estado em junho de 2009, a Alba passou a ser formada por oito países. Ainda assim, o chanceler equatoriano ressaltou a importância da participação dos delegados hondurenhos presentes. "Honduras não está aqui, mas o espírito dos hondurenhos está", afirmou.

Além dos presidentes, participam da cúpula autoridades eleitas ou designadas, entre ministros, prefeitos e deputados, que debaterão sobre funções públicas, a luta contra o racismo, iniciativas ambientais e o comércio entre os povos.

"Viemos para nos reconhecer entre os povos indígenas e para mostrar o que é intercultural em termos de gestão pública", afirmou o prefeito boliviano Valentín Gutiérrez.

Para a ministra de Povos Indígenas da Venezuela, Nicia Maldonado, "é a primeira vez que ocorre uma reunião de presidentes com os excluídos de sempre, os escravos de sempre, os indígenas 'selvagens' de sempre", disse.

Por sua vez, a Confederação das Nações Indígenas do Equador (Conaie) convocou uma cúpula paralela por conta de divergências com o governo de Rafael Correa, principalmente sobre as novas leis de recursos hídricos e de mineração. "Vão dialogar com supostos dirigentes e autoridades indígenas que não representam as organizações, mas são funcionários do governo", criticou o presidente da Conaie, Marlon Santi. A confederação é a organização indígena mais influente do país e comemora nestes dias os 20 anos de seu primeiro levantamento, realizado entre maio e junho de 1990. (ANSA)

Equador negocia empréstimo de U$ 1 bilhão com a China

QUITO - O Equador está negociando um empréstimo de US$ 1 bilhão com o banco de cooperação ao desenvolvimento chinês Development Bank Corporation, a ser pago em petróleo ou óleo combustível pela estatal Petroecuador à chinesa PetroChina International Company. O país está recorrendo ao financiamento chinês após o acesso ao capital privado estrangeiro ter sido prejudicado por uma operação de recompra da dívida soberana mal recebida no mercado no ano passado. Além disso, ocorreu uma deterioração nas relações do país com financiadores multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Equador tem um déficit de orçamento de mais de US$ 4 bilhões neste ano e precisa financiar projetos públicos para manter uma economia já à beira da estagnação. No início de junho, autoridades do Ministério de Finanças do Equador e do banco chinês se reuniram em Pequim para discutir o empréstimo. Em 11 de junho, representantes da Petroecuador e da PetroChina reuniram-se para discutir a transação, que não foi finalizada.

De acordo com as minutas das reuniões assinadas em 12 de junho, a Petroecuador vai fornecer à PetroChina 36 mil barris por dia de petróleo bruto. "A Petroecuador vai fornecer petróleo sob o contrato até que toda a quantia do empréstimo seja paga", diz o documento. O financiamento está previsto para ser pago dentro de quatro anos.

Uma parte do empréstimo (US$ 200 milhões) será utilizada para financiar projetos de investimento no Equador, selecionados pela Secretaria de Planejamento do país de uma lista de projetos prioritários nos setores de infraestrutura e energia, nos quais há empresas chinesas envolvidas. Os outros US$ 800 milhões estarão disponíveis para uso livre do Ministério de Finanças. O empréstimo terá uma taxa de juros fixa de 6,5% ao ano.

As minutas foram assinadas por William Vasconez Rubio, coordenador-geral de assuntos legais do Ministério de Finanças do Equador, e Jorge Regalado, coordenador-geral da equipe de gerenciamento de contratos de petróleo da Petroecuador, além de Tian Yunhai, vice-diretor do Development Corporation da China e Zhao Yong, vice-presidente da PetroChina. As informações são da Dow Jones.

Apreendido no Equador 'narcosubmarino' com capacidade para 12 toneladas de drogas

QUITO — Um submarino com capacidade para transportar até 12 toneladas de cocaína, e que deveria fazer a primeira viagem ao México a partir da costa equatoriana, foi apreendido em uma operação da qual participou a DEA - agência antidrogas americana - , disse esta terça-feira o chefe da polícia antinarcóticos, coronel Joel Loaiza.
"O México seria o destino final", disse o oficial depois que militares e policiais equatorianos encontraram o submarino, de 25 metros de comprimento por três de largura, quando estava a ponto de terminar de ser construído em um estaleiro improvisado camuflado entre um manguezal próximo à fronteira com a Colômbia.
Loaiza afirmou que "se trata de um submarino porque pode navegar totalmente submerso. É um híbrido, por contar com sistemas de propulsão elétrico e a diesel que lhe permitem uma autonomia de doze dias e chegar a uma velocidade de até oito nós por hora".
A embarcação, de construção artesanal, à qual faltava a vedação da escotilha, foi localizada na sexta-feira passada no setor de San Lorenzo, província costeira de Esmeraldas (a noroeste e fronteiriça com a Colômbia), perto de várias barcos vazios, onde foram encontrados vestígios de cocaína.
Tem banheiro e capacidade para seis tripulantes, segundo o chefe de polícia, que declarou: "continuaremos neutralizando o tráfico de drogas" no Equador, considerado trânsito para as drogas e onde - segundo a ONU - ainda é inicipiente o cultivo da folha de coca.
"Em seu interior há uma grande tecnologia para navegar, tudo é eletrônico", afirmou o oficial, estimando que a construção do submarino, cuja estrutura é de fibra de vidro, demandou quatro milhões de dólares e teve a participação de engenheiros navais.
Em maio passado, foi descoberto um semisubmersível, de 15 metros de comprimento por três de largura e capacidade para quatro toneladas, sendo a primeira nave do tipo apreendida no Equador.
O submarino, que estava vazio e que, segundo as autoridades, era usado para transportar entorpecentes para os Estados Unidos e o México pelo Oceano Pacífico, foi encontrado na província costeira de El Oro (sudoeste, fronteiriço com o Peru).
Em 2009, as autoridades equatorianas destruíram dez laboratórios e apreenderam o recorde de 68,5 toneladas de drogas, inclusive 64 toneladas de cocaína.

Venezuela e Equador ampliam cooperação

Caracas, 10 jul (Prensa Latina) Venezuela e Equador estreitam as relações bilaterais com a ampliação de seus projetos conjuntos perfilados para a complementariedade nos âmbitos econômico e social em meio de realizar esforços por impulsionar a integração regional.

A criação do complexo Petroquímico do Pacífico na costa equatoriana, integrado por uma refinaria e várias plantas industriais, sobressaem entre os acordos assinados aqui durante o oitavo encontro presidencial Quito-Caracas nesta semana.

Outro dos eixos centrais das conversas foi a conformação da Petrosur, como ponta de lança para a unidade entre as nações da área e mecanismo para atingir a independência energética.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e seu par equatoriano, Rafael Correa, analisaram também temas relacionados com os programas promovidos pela Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALVA), bem como a colaboração nos setores educativo, cultural e da saúde.

No contexto do diálogo binacional realizou-se a primeira operação financeira entre os dois países através do SUCRE (Sistema Único de Compensação Regional).

Com a venda a mais de cinco mil toneladas de arroz por essa via, Equador converteu-se em um dos primeiros países em utilizar esse inovador sistema, eixo para a construção de uma arquitetura financeira diferente na região. Anteriormente fizeram-no Cuba e Venezuela.

Correa e Chávez sustentam encontros periódicos para revisar os avanços de projetos conjuntos dentro da agenda de estratégia comum que abarca as esferas vitais como a soberania energética, alimentícia, produtiva, financeira e comercial, bem como segurança e defesa.

O encontro presidencial esteve precedido pelas comemorações do 5 de julho, Dia da Declaração de Independência de Venezuela.

Ambos presidentes renderam honras à heroína quitenha Manuela Sáenz no Panteão Nacional, onde agora repousam seus restos simbólicos, junto ao sepulcro do Libertador Simón Bolívar.

Equador pede que empresas financeiras vendam sua participação na mídia

O presidente do Equador, Rafael Correa, deu um prazo até outubro para que as empresas financeiras no país vendam sua participação no setor de mídia, afirmando que banqueiros devem ser banqueiros, não jornalistas.

A declaração, feita durante o programa semanal na TV do presidente, foi feita quando o Congresso está prestes a debater uma medida criando um órgão supervisor para assegurar que jornalistas de meios impressos e eletrônicos são verdadeiros e razoáveis.

Banqueiros, dediquem-se aos bancos, disse Correa.Vocês têm até outubro para vender sua participação na mídia. Vocês serão banqueiros ou jornalistas. Não podem ser os dois.

A medida parece altamente direcionada a canais de TV privados, como a Teleamazonas, que é de um conglomerado financeiro e tem sido crítica à revolução de Correa.

Jornalistas e grupos de direitos humanos disseram que a proposta de lei do Congresso para estabelecer um órgão supervisor de mídia baseia-se em padrões subjetivos demais para serem colocados em prática de forma justa.

Eleito em 2006, Correa tem tentado reduzir o poder do que chama de elite corrupta equatoriana. Empresas de mídia e bancos são alvos comuns de suas críticas.

A TV estatal do Equador têm exibido propagandas, durante partidas da Copa do Mundo, acusando jornalistas de distorcer a verdade.

A associação de TVs do país disse que as mensagens têm fomentado a desunião e a criação de um estigma daqueles que não se submetem aos interesses dos poderosos e pediu que o governo pare de transmitir esses anúncios.

JORNAL INSISTE EM PROVAS DE ESPIONAGEM DA COLOMBIA CONTRA EQUADOR

QUITO, 5 JUL (ANSA) - A imprensa equatoriana voltou hoje a denunciar as tarefas de espionagem no Equador atribuídas ao Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia (DAS, serviço secreto da Colômbia) e que envolveriam o presidente Rafael Correa.

Na versão desta segunda-feira, o jornal El Universo, de Guayaquil, detalha a acusação lançada contra o serviço secreto colombiano há uma semana.

"Em uma pasta chamada 'De los amigos' [Dos amigos] há sete ou oito subpastas e um arquivo em Word de nome 'Runión Salomón'", diz a publicação hoje, citando depoimento do agente Jesús Figueroa, feito em maio de 2009.

Salomón é o nome da operação que teria sido realizada pelo DAS e que, segundo publicou o mesmo jornal, envolveu a interceptação dos telefones de Correa e de seus colaboradores após o bombardeio militar da Colômbia em território equatoriano contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em 1º de março de 2008.

Além de deixar 26 mortos, entre as vítimas o então número dois das Farc, Raúl Reyes, a ação militar colombiana fez com que Correa rompesse os laços diplomáticos com o vizinho Uribe.

Em um primeiro momento, Quito afirmou que seria "extremamente grave" se a espionagem fosse comprovada, mas em seguida aceitou a versão de Bogotá, que negou as acusações esperando realizar mais investigações.

Tanto Correa como seu homólogo Álvaro Uribe asseguraram que as denúncias podem provir de "ressentidos" do DAS ou de setores interessados em que as relações entre os dois países não melhorem.(ANSA)

Equador debate mudança nos contratos de petroleiras

QUITO - A Assembleia Nacional do Equador vai começar amanhã a discutir um projeto que expropria operações de petroleiras estrangeiras que atuam no país a menos que elas assinem contratos aumentando o controle do Estado sobre a indústria. "O primeiro debate vai começar na terça-feira, e o debate final vai ocorrer no dia 25 de julho", disse Fernando Cordero, presidente da Assembleia. Ele acrescentou que não espera muita oposição ao projeto. "Eu não prevejo nenhum problema na aprovação da lei no dia 25 de julho".

A administração do presidente Rafael Correa quer substituir os contratos atuais, que determinam a partilha da produção entre as companhias petroleiras e o governo, por contratos que transformarão essas empresas em prestadoras de serviços. Sob os novos termos, o país ficaria com toda a produção de petróleo e gás e pagaria às companhias pela extração desses produtos. Se as companhias não quiserem aceitar os novos contratos, será determinado um preço para liquidar os contratos atuais, abrindo caminho para que deixem o país.

Se o projeto for aprovado, as petroleiras privadas com grandes contratos teriam de converter seus acordos existem em acordos de prestação de serviço em 120 dias. Empresas que operam campos menores terão 180 dias.

A brasileira Petrobras, a italiana Eni SpA, a espanhola Repsol YPF e as chinesas Andes Petroleum e PetroOriental são as maiores petroleiras privadas que operam no Equador. A Andes Petroleum é uma joint venture entre duas petroleiras estatais chinesas, a China National Petroleum Corp. e a China Petroleum & Chemical Corp., conhecida como Sinopec.

O governo vai reter 25% das receitas brutas antes de pagar as tarifas às empresas. A taxa paga às empresas deve cobrir custos, amortização de investimentos e gerar um lucro razoável, que poderia ser de 15% para campos em produção e 25% para investimentos em exploração por reservas de petróleo.

O projeto, classificado como urgente, foi enviado para a Assembleia Nacional pelo presidente no dia 25 de junho. Os legisladores têm 30 dias para aprovar ou rejeitar o projeto, caso contrário ele se torna lei automaticamente. Para o projeto ser aprovado são necessários 63 votos dos 124 da Assembleia. O Alianza País, partido do governo, não tem maioria absoluta nesta legislatura, mas analistas locais preveem que a lei será aprovada devido à popularidade da proposta.

As empresas privadas que atuam no país ainda não comentaram o projeto, mas têm discutido as propostas, que foram levantadas pela primeira vez três anos atrás. Uma vez que a lei entrar em vigor, negociações contratuais devem começar entre o governo e cada uma das empresas. O país deve gastar entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,5 bilhão para compensar as companhias de petróleo que não chegarem um acordo, segundo afirmou o ministro de Recursos Naturais Não Renováveis, Wilson Pastor. As informações são da Dow Jones.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Projeto Balde Cheio no Globo Rural

Desfile reúne 280 carros de boi em MG

O município de Ipuiúna (MG) parou para ver um desfile de carros de boi. Mais de 250 carreiros participaram do encontro.

Veja o site do Globo Rural

Muitos vieram de longe e passaram horas na estrada. Para recuperar as energias, foi servido um almoço farto para cerca de 1,5 mil pessoas. Mas os participantes não têm muito tempo para descanso.

Parte do trajeto é pela BR-459, que corta a cidade. A rodovia fica lotada de carros de boi. Os outros veículos precisam andar um pouco mais devagar para dar espaço à tradição.

São 20 anos de desfile em Ipuiúna. A festa celebra também São Benedito, o padroeiro da cidade. Neste ano, os organizadores conseguiram reunir 280 carros de boi.

O cantar das rodas chama a atenção. Durante o desfile, é só o que se ouve pelas ruas. A cidade para para ver a comitiva.

A construção do Porto Sul

Ciclone extratropical deve se formar no litoral gaúcho na segunda

Chuva no SulImagem de satélite deste domingo (25) (Foto:
Divulgação/Cptec/Inpe)

Uma área de baixa pressão provoca chuva na Região Sul do país, neste domingo (25).
O meteorologista Luiz Kondraski, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe), afirmou ao G1 que essa área de baixa pressão deve dar origem a um ciclone extratropical a partir de segunda-feira (26).

“Um ciclone extratropical deve se formar no oceano, na segunda-feira, a leste do Rio Grande do Sul e do Uruguai”, explicou Kondraski.

O meteorologista ressalta que a chuva que atinge a Região Sul é causada apenas pela área de baixa pressão associada com a umidade, pois o ciclone ainda não se formou.

Desde a manhã deste domingo, os estados da Região Sul são atingidos por chuvas e descargas elétricas. As áreas mais afetadas são o Vale do Itajaí, o norte e o oeste de Santa Catarina, que devem ser atingidas por mais temporais forte na noite deste domingo.

“Neste domingo estão previstas mais pancadas de chuva forte, com descargas elétricas e vento, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, disse.

Sul

Na segunda-feira, uma área de baixa pressão deve formar um ciclone extratropical. Uma frente fria deve deixar o tempo chuvoso no norte e nordeste do Rio Grande do Sul e na capital gaúcha. Também atinge Santa Catarina e Paraná.

Sudeste

Neste domingo, há chances de pancadas de chuva em todo o estado de São Paulo. Na segunda-feira, há chances de chuva no sul, centro e oeste do estado. O resto do estado tem tempo parcialmente nublado.

Na segunda, há possibilidade de chuva no norte do Espírito Santo e região nordeste de Minas Gerais terá variação de nebulosidade. No restante da região, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro e demais áreas de Minas, haverá sol entre poucas nuvens.

Nordeste

Possibilidade de chuvas rápidas no litoral entre Rio Grande do Norte e a Bahia na segunda-feira. Há previsão também de pancadas de chuva entre o litoral Ceará e o norte do Maranhão e Piauí.

Norte

Chuvas e tempo nublado no norte da região, principalmente norte dos estados de Amapá, Amazonas, Roraima, Pará. No sul do Pará, Rondônia Amazonas e Acre há condições de abertura de sol. No Tocantins, se houver chuva, no norte do estado.

Centro-Oeste

Há chance de pancadas isoladas, em Mato Grosso, entre o norte e sul do estado. No leste de Mato Grosso, não há previsão de chuva. Goiás e o Distrito Federal têm céu parcialmente nublado.

Áreas de instabilidade que atingem a região Sul também provocam chuva no sul de Mato Grosso do Sul.

Matadouro em PE despeja resíduos em afluente do Rio São Francisco

O Matadouro Público Municipal de Serra Talhada, a 415 km de Recife (PE), tem despejado, por semana, os resíduos de cerca de 800 animais abatidos no Rio Pajeú, afluente do Rio São Francisco.

Matadouro Público Municipal de Serra Talhada, em PernambucoMatadouro Público Municipal de Serra Talhada, em Pernambuco (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

A situação do local é alarmante e pede reformas em sua estrutura interna e nos arredores. Os dejetos dos animais se misturam à rede de esgoto do município, exalando um odor forte.

PorcoPorco come restos de animais mortos no
matadouro (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

"Quando chove, a gente não aguenta porque o cheiro é insuportável", afirmou a funcionária pública Ernauva Maria da Costa.

As canaletas de concreto do matadouro estão quebradas e a combinação desse odor com o lixo acumulado atrai porcos, principalmente no começo da semana, quando o número de abatimentos é maior.

Antes do matadouro ser construído, os moradores de Serra Talhada tinham no Rio Pajeú sua praia particular. “Eu até bebia a água do rio, mas agora está assim, sujo”, contou o aposentado Jurandir Feitosa.

Rafael FernandesSecretário Rafael Fernandes quer consórcio
entre municípios (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

O Secretário de Agricultura de Serra Talhada, Rafael Fernandes, tem o projeto de construção de um novo matadouro para o município orçado em R$ 1,7 milhão. No entanto, a cidade não tem verba suficiente para realizar a obra. “A solução mesmo seria um consórcio entre os municípios de Serra Talhada, Triunfo, Santa Cruz e Calumbi com verba dos governos Estadual e Federal”, explicou o secretário.

O município de Santa Cruz vive situação semelhante à de Serra Talhada. As águas do Rio Capibaribe ficaram avermelhadas com o acúmulo de resíduos despejados pelo matadouro municipal.

Após atirar na esposa, homem mata 5 em colisão em SP

Seis pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida na manhã de hoje na altura do quilômetro 207 da SP-304, em São Pedro, no interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, o acidente foi provocado por um homem que queria se matar após pensar que tinha assassinado a própria esposa com sete tiros. Porém, nenhuma das balas atingiu a mulher.

De acordo com a polícia, depois de atirar contra a esposa, o homem teria saído descontrolado pela estrada e jogado seu carro contra um caminhão, que tombou. Um veículo de passeio que trafegava atrás do caminhão não conseguiu frear e capotou.

O homem que provocou o acidente morreu. Outras cinco pessoas - entre elas duas crianças - da mesma família que ocupavam o carro que estava atrás do caminhão morreram. Uma outra criança, de 4 anos, sofreu ferimentos graves e foi encaminhada ao Hospital Fornecedores de Cana, em Piracicaba. O motorista do caminhão saiu ileso.

Terremoto de magnitude 4,9 atinge a região do Acre

Um terremoto de magnitude 4,9 atingiu ontem a região do Estado do Acre, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). O tremor ocorreu a 100 quilômetros a nor-noroeste da cidade acreana de Cruzeiro do Sul, informou o USGS, em seu site. Não há notícias sobre feridos ou danos.

O epicentro do tremor fica também a 245 quilômetros a nordeste de Pucallpa, no Peru. A profundidade foi de 17,1 quilômetros. Cruzeiro do Sul está localizada a quase 700 quilômetros a noroeste da capital acreana, Rio Branco. O USGS informa que o tremor ocorreu às 20h09 (horário de Brasília).

Ventos de 65 km/h derrubam árvores e postes em MS

Ventos que chegaram a 65 km/h arrancaram pelo menos 80 árvores, derrubaram 17 postes de energia elétrica e destelharam casas em 15 bairros da cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, na região sul do Estado. Dois caminhões que estavam estacionados em meio ao vendaval, foram tombados.

O temporal começou por volta de 12h desta segunda-feira e teve duração de quase 30 minutos, castigando a região oeste do município. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 15 famílias tiveram as moradias totalmente destelhadas e ficaram desabrigadas. Vários postos de combustíveis com coberturas metálicas, também ficaram descobertos.

A grande quantidade de árvores antigas que caiu devido à pouca profundidade das raízes impediu o tráfego em três das principais avenidas que dão acesso ao centro. A empresa de Eletricidade de Mato Grosso do sul (Enersul) e o Corpo de Bombeiros convocaram os funcionários de folga para a recuperação mais rápida dos estragos.

Ministro da Saúde recomenda sexo para combate a doenças crônicas

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou nesta segunda-feira (26) que as pessoas façam sexo como uma das medidas de combate a doenças crônicas. A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento da campanha nacional de prevenção à hipertensão arterial. O ministro repetiu a defesa do sexo como combate a doenças em uma entrevista após ao evento.

“Não é brincadeira, é sério, fazer atividade física regular significa também fazer sexo, com proteção sempre, claro”, afirmou Temporão.

Durante o evento, o ministro mencionou o tema por duas vezes. Ele chegou a brincar se seria possível fazer cinco vezes por dia, mas destacou que o sexo era recomendável pelo menos cinco vezes por semana. Ele destacou que esta atividade tem o mesmo efeito de outras no combate a doenças como a hipertensão. “Dancem, façam sexo, mantenham o peso, mudem o padrão alimentar, façam atividades físicas e, principalmente, meçam sua pressão arterial”, disse ele ao encerrar o evento.

Na entrevista, Temporão manifestou preocupação com os hábitos das pessoas mais jovens em relação à alimentação e ao sedentarismo. “Temos nas mãos uma bomba de efeito retardado. Daqui a 20 anos vamos ter um percentual gigantesco da população brasileira com doença crônica, hipertensão, diabetes e colesterol alto”.

Brasil tenta mudar conceito de luta contra o tráfico

O Brasil vai aproveitar a realização da International Drug Enforcement Conference (Idec), a maior conferência mundial antidrogas, para tentar enterrar de uma vez por todas o conceito de "guerra às drogas" centrado nos países. "A palavra-chave é corresponsabilidade", diz o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Luiz Fernando Corrêa. "O conceito que queremos agora é combater o tráfico, não países."

A conferência ocorre no Rio de Janeiro, de terça a quinta-feira. O governo brasileiro, tendo como porta-voz o comando da PF, vai mostrar que "a lógica guerreira" no combate ao narcotráfico "impõe um vale-tudo que chega a passar por cima da soberania dos países e restringe o combate aos produtores". A Drug Enforcement Administration (DEA), agência antidrogas norte-americana, é parceira na organização e realização da Idec.

Anual - em 2009, o encontro foi suspenso por causa da gripe suína -, a Idec, que pela terceira vez acontece no Brasil, discute as políticas de combate ao tráfico e o crime organizado, mas também debate as ações globais de segurança pública, com foco especial na cooperação policial internacional.

A contradição a ser explorada no Idec está no fato de que nem a Europa nem os EUA, grandes produtores de drogas sintéticas, praticam internamente o padrão de repressão que recomendam aos países produtores de maconha, cocaína e heroína, por exemplo. As drogas sintéticas são misturas químicas de substâncias psicoativas encontradas na natureza e que produzem efeitos alucinógenos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil lidera lista de desmatamento entre 2000 e 2005

A superfície florestal diminuiu 3,1% entre 2000 e 2005 no mundo, segundo um estudo baseado em observações por satélites publicado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, estimando que o Brasil foi o país que sofreu a maior redução de suas matas.

No total, a perda foi de 1.011.000 km2 de 2000 a 2005, o que representa 0,6% por ano. A superfície florestal mundial era de 32.688.000 km2 no início do estudo.

Por país, o Brasil, segundo em quantidade de área florestal (4,6 milhões de km2), atrás apenas da Federação Russa (5,12 milhões de km2), sofreu a maior redução de suas matas no período, 165 mil km2 (3,6% do total).

Já o Canadá, com uma superfície florestal de 3 milhões de km2, ficou em segundo, com perdas de 160 mil km2, que representam 5,2% do total.

A perda bruta de superfície florestal é definida nesta pesquisa como produto de causas naturais, como incêndios provocados por raios, e atividades humanas.

Estimativas precisas são consideradas indispensáveis nos esforços de contabilização das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases de efeito estufa, e para elaborar modelos climáticos, explicaram os autores da pesquisa, divulgada pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).

Por região, as matas boreais, que se situam no Ártico e representam 26,7% da superfície florestal do planeta - a segunda mais importante - registraram a maior redução deste período em cinco anos (4%), dois terços dos quais se deveram a incêndios de origem natural, afirmaram cientistas das Universidades de Dakota do Sul (norte) e do Estado de Nova York (nordeste).

As matas tropicais úmidas, que cobrem 11,5 milhões de km2 e representam a maior superfície florestal da Terra, perderam 2,4% de sua superfície, o que equivale a 27% da perda total.

As florestas tropicais em zona seca - 7,13 milhões de km2, ou 21,8% das superfícies de mata do mundo - diminuíram 2,9% de 2000 a 2005, o que representou 20,2% das perdas florestais totais.

Já as matas das zonas temperadas - 5,2 milhões de km2 - ou 16,1% do total mundial em 2000, perderam 3,5% de sua superfície, 18,2% do total do planeta neste período.

Por continente, a América do Norte - com uma superfície florestal de 5,8 milhões de km2 em 2000 - sofreu a maior privação no período (5,1%, 295 mil km2), ou 29,2% da perda mundial.

Ásia e América do Sul perderam duas vezes menos em comparação com sua superfície de mata, 2,8% e 2,7%, respectivamente. Estes decréscimos representaram 23,7% e 22,6% do total entre 2000 e 2005.