segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bolívia...

Bolívia registra terremoto de 5,3 graus

LA PAZ — Um terremoto de 5,3 graus na escala Richter foi registrado nesta segunda-feira à tarde na zona rural do departamento de Cochabamba, no centro da Bolívia, informou o Observatório de San Calixto, que ainda não reportou se já foram registrados feridos ou danos materiais.
O tremor foi registrado às 13h40 locais (14h40 de Brasília) na região de Chapare, uma zona cocaleira e agrícola da Bolívia, a mais de 400 km a leste de La Paz, informou o San Calixto.
O observatório privado informou que nas próximas horas divulgará um relatório sobre possíveis vítimas e danos materiais.

Naval: Bolívia deixa cair alcunha em nome da selecção

Causou alguma estranheza, na apresentação da Naval para a nova época, a presença de um nome novo na lista de jogadores do plantel: Edivaldo. Os mais incautos pensaram que se trataria de algum júnior mas o equívoco desfez-se em seguida, tratava-se de Bolívia. O avançado brasileiro, cujo nome é Edivaldo Rojas Hermoza decidiu deixar cair a alcunha em nome do sonho de representar a selecção do nosso conhecido Erwin Sanchez.
«Em princípio devo conseguir a nacionalidade boliviana até ao final do ano e, caso venha a representar a selecção não faz muito sentido dizer Bolívia convoca Bolívia [sorrisos], por isso agora quero ser conhecido por Edivaldo, quando muito Edivaldo Bolívia numa fase inicial até ficar só Edivaldo», explica ao Maisfutebol o avançado figueirense.

A ligação de Edivaldo à Bolívia vem da mãe, natural daquele país, mas também do facto de lá ter vivido, com os pais, dos dois aos 14 anos, mantendo-se posteriormente no Brasil - daí a alcunha - , mas na fronteira, o que o tornou bilingue e até um pouco dividido na altura de escolher uma das duas culturas: «Passei mais tempo no Brasil, mas a minha infância foi toda na Bolívia. Sou profissional e esta é uma grande oportunidade para mim que não devo desperdiçar.»

Apesar da saída de Sanchez da selecção boliviana, com quem Edivaldo tinha mais contacto - chegaram a pedir-lhe para treinar com a equipa quando tinha 17 anos -, o jogador da Naval tem esperança de ser chamado e até enviou um dvd com os seus melhores momentos para a federação, esperando por uma resposta positiva.

A propósito, Edivaldo é mesmo com i ao contrário daquilo que figura no seu passaporte (Edvaldo), devido a um erro tipográfico, que pretende corrigir um dia... quando tiver tempo para fazer uma longa viagem. «Preciso de ir até Mato Grosso, de onde sou natural, no norte do Brasil, mas, agora, resido no Paraná, no sul do país», justifica.

Soube do adeus do Brasil no autocarro

São as vicissitudes de um profissional de futebol. Enquanto o Brasil jogava lá na África do Sul os quartos-de-final do Mundial diante da Holanda, a equipa da Naval, onde os brasileiros abundam (são oito), estava em trânsito desde a Figueira para Cantanhede para mais um treino.

Sem grandes alternativas, a solução foi ir acompanhando o relato pelo rádio do telemóvel de Daniel Cruz, mas a ansiedade foi mais do que muita. «Só tínhamos acesso à descrição dos lances, mas é muito diferente de estarmos a ver. Os golos, o Filipe Melo expulso... que sofrimento», afirmou, visivelmente desiludido.

Bolívia proíbe monopólios, mas desiste de regular preços

La Paz, 5 jul (EFE).- O Governo boliviano emitiu uma resolução que proíbe os monopólios e os contratos de monopólio, mas desistiu de regular os preços de 20 produtos de largo consumo, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial.
Uma resolução assinada pela Autoridade de Fiscalização e Controle Social de Empresas (AEMP) aponta que "nenhuma empresa que opere na Bolívia poderá impor condições ou obrigar outros agentes econômicos a comercializar de forma exclusiva seus produtos ou marcas".
O texto também diz que "todos os contratos de comercialização que contenham condições de monopólio subordinadas a qualquer condição que não a própria eficiência econômica ficam proibidos" por serem contrários à Constituição vigente no país desde 2009.
A norma não inclui nenhum artigo em referência aos preços de produtos de largo consumo, embora o diretor da AEMP, Óscar Cámara, tenha anunciado na semana passada que os empresários seriam obrigados a divulgar a estrutura de seus custos de produção para evitar "altas unilaterais de preços".
No entanto, uma fonte da entidade reguladora de empresas disse à Agência Efe que a regulação dos preços não está entre as atribuições da instituição, mas deve vigiar a concorrência e frear os monopólios e a "acumulação privada de poder econômico em graus que ponham em risco a soberania nacional".
Nos últimos anos, o Governo boliviano regulou em determinadas ocasiões os preços ou a exportação de produtos como óleos, frango, milho e arroz, entre outros.
Os empresários bolivianos criticaram a intenção da AEMP de regular os preços de produtos como refrigerantes, cerveja e cimento, entre outros, porque, segundo eles, isso se constituiria em um atentado contra o livre comércio.
A resolução também estabelece que os agentes econômicos afetados por "atos ou contratos" que limitem seu direito a exercer o comércio "de forma livre e irrestrita" poderão apresentar denúncias à AEMP.

Bolívia se diz perto de acordo com EUA para superar crise

La Paz, 5 jul (EFE).- O Governo Evo Morales anunciou nesta segunda-feira que a redação do acordo que a Bolívia negocia com os Estados Unidos, para superar a crise diplomática iniciada em 2008, está "quase terminada" para ser assinada.
Segundo o chanceler boliviano, David Choquehuanca, espera-se um contato dos EUA sobre o avanço conseguido no acordo.
"Já temos, não digo terminado, mas quase terminado o novo acordo marco. Temos ele quase pronto, está em consulta (nos EUA) e já entrarão em contato", disse Choquehuanca.
O diálogo entre a Chancelaria e a embaixada americana sobre o convênio teve obstáculos pela recente ameaça de Morales de expulsar a agência dos EUA para o desenvolvimento internacional (Usaid), ao considerá-la responsável por uma manifestação de indígenas contra o Governo.
Os indígenas declararam no domingo uma pausa na marcha, que começou em 21 de junho no departamento (estado) amazônico de Beni e segue em direção a La Paz. As queixas são pela transferência de recursos econômicos e terras.
O acordo aponta para pôr fim à crise diplomática iniciada em setembro de 2008, quando Morales expulsou o embaixador Philip Goldberg, e dois meses depois fez o mesmo com a agência americana antidroga (DEA).
Os EUA responderam com a expulsão do embaixador Gustavo Guzmán e a suspensão para a Bolívia dos benefícios da lei de preferências tarifárias andinas e erradicação de drogas (ATPDEA).

Ex-governador defende ocupação da fronteira MT-Bolívia

Candidato a deputado federal, o ex-governador Julio Campos (dem) defendeu que o Exército ocupe a fronteira do município de Cáceres com a Bolívia, numa estratégia de combate às drogas e armas vindas do país vizinho.

"Não vamos combater o tráfico de drogas e o contrabando de armas apenas com a presença de policiais militares e um pequeno grupo do Gefron [Grupo Especial de Fronteira]. São 700 quilômetros de fronteira seca, que deve ser ocupada com a implantação de uma força tarefa permanente, o que pretende defender se chegar ao Congresso Nacional", afirmou Julio Campos em entrevista ao Midianews.

O pensamento do democrata coincide com o discurso do presidenciável José Serra (PSDB). Em visita a Cuiabá, no final de maio, para participar de um ato político partidário, o tucano defendeu a ocupação da fronteira do território mato-grossense afirmando que serve de porta de entrada para a cocaína no país.

Na ocasião, o tucano argumentou ainda que "o Governo boliviano é conivente com a exportação de drogas para o Brasil", o que "acaba com a vida de nossos jovens".

"Vou, pessoalmente, lutar com José Serra para que seja concretizada essa política de Segurança Pública, que é imprescindível a Mato Grosso e ao país", completou Julinho, como o ex-governador é conhecido no meio político.

Estimativa de votos

Confiante em conquistar uma das oito vagas de deputado federal por Mato Grosso, Julio Campos acredita que pode conquistar significativa parcela do seu domicílio eleitoral, que é Várzea Grande.

Após liderar pesquisas de intenção de voto na eleição municipal de 2008, o democrata saiu derrotado no embate com o prefeito Murilo Domingos (PR), que disputou a reeleição. A diferença atingiu 26.831 votos.

"O que vai me favorecer em Várzea Grande é o espírito bairrista do povo de ter um representante na Câmara dos Deputados. Não se explica o segundo maior município do Estado com mais de 300 mil habitantes e 175 mil eleitores não ter um deputado federal. Espero repetir a votação que tive na última campanha para prefeito, que é uma média de 40 a 50 mil candidatos. A minha grande votação acredito que será na baixada cuiabana. Aqui é minha terra, meu linguajar. Candidatos naturais desta região, só eu e a Thelma de Oliveira", afirmou.

Julio Campos é ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal constituinte e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Por conta desta experiência política, é um dos nomes do DEM considerados de peso eleitoral para representar a legenda no Congresso Nacional.

Outros nomes dos democratas que estão na disputa pela Câmara Federal são Leôncio Pinheiro, irmão do senador Jonas Pinheiro e ex-presidente da Empaer (Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), e o pastor Valdemiro, de Rondonópolis, que representa a Igreja Mundial do Poder de Deus.

Bolívia: Parlamentares analisarão a última das leis previstas na Constituição

LA PAZ, 12 JUL (ANSA) - A Lei Marco de Autonomias e Descentralização foi aprovada pela Comissão Mista da Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia e irá agora ser discutida em plenário na próxima terça-feira, informou hoje a imprensa local.
Com a aprovação, o governo boliviano dá andamento ao seu projeto de reformas que visa instaurar o Estado Plurinacional. As outras quatro lei orgânicas, previstas na Constituição aprovada em 2009, já passaram pelos parlamentares e já foram promulgadas pelo presidente Evo Morales.
De acordo com a Agência Boliviana de Informação (ABI), a lei foi aprovada na madrugada de hoje sem o apoio da oposição, que exigia algumas mudanças em determinados artigos do projeto.
Segundo o ministro de Autonomias, Carlos Romero, os representantes opositores ao governo decidiram abandonar a sessão no momento em que eram analisados os artigos finais dos 147 que constituem a norma.
"O artigo 141 se refere à proibição de formar federações de governos departamentais com fins políticos e com estrutura colegiada que não tem nada a ver com o estabelecimento de alianças estratégicas entre autonomias", esclareceu o ministro, citado pela ABI.
Por sua vez, os opositores argumentaram -- ao deixar as discussões -- que também são contra os artigos 140 e 142, "que rompem com o diálogo".
"O artigo 140, por exemplo, estabelece um Estado de Exceção; isso quer dizer que as autonomias poderão ser submetidas a um estado de sítio a livre interpretação do Órgão Executivo", apontou a senadora Centa Reck, do Plano Progresso para a Bolívia-Convergência Nacional (PPB-CN), segundo noticiou o jornal La Razón.
Há alguns dias, Morales ameaçou fazer uma greve de fome, caso a medida não fosse aprovada pelo Congresso antes da data limite, em 22 de julho.
Junto à Lei de Autonomias e Descentralização estão as que referem-se ao Órgão Judicial, ao Tribunal Constitucional Plurinacional, ao Órgão Eleitoral e ao Regime Eleitoral. A sessão desta terça-feira está prevista para ser iniciada às 15h locais (16h no horário de Brasília).